Cerca de 95% dos obesos que se submetem as dietas restritivas e diminuem drasticamente a quantidade de calorias do cardápio diário para emagrecer, fracassam na busca e manutenção do corpo magro porque esse resultado é baseado em condutas nutricionais que focam apenas na perda de peso. Há uma supervalorização da imagem corporal no mundo contemporâneo e associação entre magreza, beleza e corpo saudável. O uso de redes sociais por blogueiras e alguns profissionais da saúde incentivam uma busca irreal do padrão saudável, associado à ideia do “comer corretamente” além da busca pela promoção de saúde e prevenção de doenças, mas também a um comportamento considerado socialmente desejado. Existe uma discordância entre a percepção do comportamento alimentar ideal e os hábitos reais de consumo alimentar. A nutrição comportamental propõe uma abordagem não restritiva mais empática diante das dificuldades dos pacientes e menos preocupada com o peso. Tão importante quanto o que se come, é dar atenção a importância do prazer em comer, de se comer melhor, e não menos. Por se tratar de uma abordagem recente, o estudo da sua aplicabilidade e diferenciais, levam ao interesse de seu maior entendimento e de como é feita essa abordagem. A proposta da nutrição comportamental é de uma nutrição inclusiva, na qual todos os nutricionistas, independente de sua formação, área de atuação possam utilizar suas estratégias, ferramentas e subsídios para ampliar conhecimentos, melhorar o acolhimento dos seus pacientes e sua abordagem na prática profissional.