A Terapia Comunitária Integrativa (TCI) fomenta a participação e autonomia dos participantes, proporcionando mudanças no âmbito individual e coletivo, a partir das propriedades terapêuticas que emergem do próprio grupo, através da relação interpessoal. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência de um projeto de pesquisa sobre rodas de TCI com mulheres no climatério que apresentavam sinais e sintomas de depressão. Participaram deste estudo 6 mulheres no climatério, com idades entre 40 e 65 anos, usuárias de uma Unidade Integrada de Saúde da Família, no período de março a junho de 2016, em João Pessoa, Paraíba. Foram realizadas 12 rodas de TCI, semanalmente, com duração de 3 horas cada, tendo como critérios de inclusão: apresentar uma pontuação ≥10, no BDI e participar de no mínimo 6 rodas de terapia. As histórias de vida relatadas nas rodas desenvolvidas foram marcadas pelos temas de dor física, sentimento de injustiça, ingratidão, indignação e frustração, medo, luto, saudade, ciúme conjugal e conflitos familiares. Constatou-se a relevância social dessa ferramenta, uma vez que a mesma oportunizou momentos de expressão da subjetividade ligados à vivência da mulher no climatério, tendo como consequência positiva a redução dos sinais e sintomas da depressão.