Trombocitopenia é definida como a contagem de plaquetas abaixo de 150.000/μL, cifra válida desde o recém-nascido até o idoso, podendo ocorrer por cinco mecanismos distintos: pseudotrombocitopenia, destruição periférica acelerada, diminuição de sua produção pela medula óssea, trombopoiese ineficaz ou destruição anormal. O objetivo desse estudo foi realizar uma revisão atualizada sobre o diagnóstico diferencial das trombocitopenias e do tratamento das púrpuras trombocitopênicas. Nesse sentido, foi realizada uma revisão da literatura, de caráter exploratório e abordagem qualitativa, com buscas por artigos publicados em fontes primárias e secundárias, tais como PubMed, Cochrane Library, Uptodate, Bireme, LILACS e SciELO. Após análise de 8 artigos, concluímos que tratamento da trombocitopenia depende evidentemente de sua etiologia. Nos processos de destruição periférica da plaqueta, como se observa, por exemplo, na coagulação intravascular disseminada, na púrpura trombocitopênica trombótica, nas vasculites e na circulação extracorpórea, é fundamental que se controle o processo de base que causou o consumo de plaquetas. No caso da trombocitopenia induzida por drogas a suspensão do medicamento reverte o quadro. Já os pacientes com trombocitopenia por falta de produção vão se beneficiar com o tratamento da doença de base, mas a transfusão de plaquetas é a principal estratégia no manejo desses casos até o restabelecimento da função da medula óssea. Por fim, concluímos que agentes estimuladores da trombopoese como o Eltrombopag e o Romiplostin poderão ser úteis aos pacientes que receberam drogas citotóxicas para tratamento de neoplasias, sendo eficazes em reduzir a duração da trombocitopenia e a necessidade transfusional nesses indivíduos.