Este estudo teve por objetivo analisar as crenças e ações em saúde de Agentes Comunitários de Saúde em relação à vulnerabilidade à Aids em pessoas idosas. Participaram, de forma não probabilística e acidental, 73 ACS, atuantes na cidade de Campina Grande, com idades que variou de 25 a 65 anos (M=41; DP=8,84), sendo a maioria do sexo feminino (61 pessoas). Utilizou-se como instrumento um questionário sócio laboral e entrevista semiestruturada. Os dados referentes às questões objetivas foram analisados através de estatística descritiva. Já os dados das entrevistas foram submetidos à análise de conteúdo. Os resultados indicaram que a maioria possui tempo de trabalho como ACS entre 7 e 9 anos, sendo todos concursados e o número de famílias cadastradas em cada área variou de 40 a 600 famílias (M=170; DP=82,69). A maioria declarou não ter recebido nenhuma capacitação sobre DST/Aids. A análise das entrevistas indicou três categorias temáticas: 1) Sexualidade em pessoas idosas (com 08 subcategorias); 2) Aids em pessoas idosas (com 07 subcategorias); 3) Explicações para os casos de Aids (com 09 subcategorias). Os participantes, em sua maioria, acreditavam que o serviço de saúde poderia trabalhar a prevenção à AIDS em pessoas idosas por meio de palestra. Já os ACS destacam a necessidade de capacitação. Os ACS demonstraram compreender a vulnerabilidade das pessoas idosa ao HIV/Aids. Contudo, as ações em saúde que tenham por objetivo esta demanda ainda são bastante reduzidas, bem como são deficitárias as capacitações que propiciem qualificação profissional dos ACS para atuarem nesse contexto.