A prática do acondicionamento de medicamentos em domicílio é frequente, principalmente em se tratando da população idosa, portadora de doenças crônico-degenerativas. Sabendo que a qualidade adequada para o uso está diretamente relacionada à manutenção de sua estabilidade em relação às suas condições de armazenamento e manuseio, os idosos são os principais consumidores, e os maiores beneficiários da farmacoterapia moderna. O objetivo desse estudo foi identificar evidências ressaltando que o armazenamento inadequado de medicamentos pode acarretar na ineficácia terapêutica e trazer riscos aos indivíduos. A pesquisa constitui-se de uma revisão da literatura, na qual foi realizada uma análise de artigos científicos indexados no acervo das bibliotecas virtuais PubMed, LILACS, SciELO, BDENF e HomeoIndex. A partir dos critérios de inclusão pré-estabelecidos, a amostra final foi composta por 7 (sete) artigos. Observou-se a necessidade de armazená-los em locais adequados evitando o risco de exposição a produtos degradados ou contaminados, bem como, conservar o medicamento e mantê-lo em condições satisfatórias para a manutenção de sua estabilidade e integridade durante o período de vida útil (validade). Os medicamentos ocupam a primeira posição entre os três principais agentes causadores de intoxicações em seres humanos, em 2007 foram responsáveis por 30,3% dos casos registrados no Brasil. É preciso seguir os cuidados contidos na bula acerca da conservação do produto ao abrigo da luz, calor e umidade. Logo, o armazenamento inadequado leva ao comprometimento da qualidade dos medicamentos, favorecendo a degradação dos princípios ativos, diminuindo sua eficácia levando ao desenvolvimento de reações adversas e intoxicações.