Os efeitos terapêuticos da música passaram a ser sistematizados após a II Guerra Mundial, onde profissionais da saúde nos Estados Unidos perceberam alterações favoráveis nos processos de tratamento de amputados de guerra, quando em contato com a arte dos sons; pôde-se avaliar assim cientificamente a aplicação da música e seus elementos: ritmo, altura, intensidade e timbre. A música ao evocar os sentimentos, fornece meios para a expressão e estimula a verbalização, possibilitando a interação da pessoa com a própria realidade. Sabe-se que a Doença de Parkinson (DP) se caracteriza por rigidez muscular, tremor de repouso, bradicinesia e instabilidade postural; limitando dessa forma, o movimento corporal como um todo. Apesar de ser degenerativa e progressiva, na fase inicial a cognição pode estar preservada em detrimento à limitação motora onde a percepção musical é significativa para auxiliar a fisioterapia, principalmente em exercícios de coordenação, equilíbrio e treino de marcha de forma lúdica e interativa tanto para o paciente como para o fisioterapeuta. Diante do exposto, objetivouse verificar os efeitos da música durante programas de reabilitação motora domiciliar em pacientes com DP. Trata-se de um estudo descritivo do tipo relato de experiência. Inicialmente foi realizado um levantamento bibliográfico de publicações científicas de 2011 a 2018, e a partir dessa busca e de dados da avaliação neurofuncional foi elaborada a conduta fisioterapêutica associada da música. Nesse contexto, concluiu-se que a introdução da música durante a intervenção fisioterapêutica domiciliar promove melhoria das capacidades físicas, mentais e emocionais do idoso com Doença de Parkinson, estimulando a promoção da comunicação corporal (não-verbal) e maximizando a interação pacienteprofissional.