A segurança do paciente tem como premissa um conjunto de ações voltadas para proteção dos pacientes, cujos tratamentos têm como inerentes riscos os efeitos adversos e/ou danos desnecessários a saúde, incluindo decorrido do acesso integral às medidas terapêuticas, inclusive medicamentosas. O uso de medicamentos no contexto hospitalar é um sistema complexo, com vários processos interligados, interdependentes e constituídos por profissionais de diferentes áreas do conhecimento. Para que a assistência hospitalar seja eficaz, o acesso ao medicamento deve ser assegurado de forma racional. A pediatria é uma população com alto risco de vulnerabilidade a erros relacionados a medicamentos porque é uma população que carece de formas farmacêuticas adequadas para ajuste de dose, bem como a imaturidade dos sistemas, entre eles o renal e o hepático, expondo-os a maiores riscos por erros de cálculo. Este estudo tem como objetivo a análise das prescrições voltadas ao público infantil, analisando esta conduta como parte de uma política internacional de prevenção de dano ao paciente, considerando que as pesquisas são a principal fonte de análise e de fomento de melhorias para garantir a este público uma assistência adequada e sem danos desnecessários. Levantou-se que as drogas com maior potencial de risco para os pacientes pediátricos são os anti-infecciosos, anticonvulsivantes e sedativos, especialmente em pronto-atendimentos de urgência. As omissões de dose, diluição e ilegibilidade das prescrições compuseram uma estatística relevante, bem como o desenvolvimento de tecnologias e de ambiente de trabalho para alertar e minimizar os erros no ato da prescrição.