INTRODUÇÃO: As desordens obstrutivas do sono são afecções cada vez mais relevantes no contexto
pediátrico atual, vista a sua ampla influência em diversos aspectos do desenvolvimento infantil, no
tangente comprometimento da qualidade de vida do infante. Em se tratando da terapêutica, a
adenotonsilectomia emerge como um dos principais procedimentos cirúrgicos disponíveis,
contrapondo-se à vigilância ativa. Dessa forma, o presente estudo tem por objetivo comparar o
impacto dessas duas abordagens na qualidade de vida e no desenvolvimento infantil.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa, na qual utilizaram-se os portais Pubmed e
Medline, a partir das palavras-chaves “Sleep Apnea Obstructive" e “Adenotonsillectomy,” obtendo-se
809 e 910 artigos, respectivamente. A fim de aumentar o campo de resultados aplicou-se, além dos
fatores de inclusão de interesse como “ensaio clinico” e “tratamento”, publicações dos últimos 5 anos
e nas línguas inglês, português, espanhol e francês. DESENVOLVIMENTO: a escolha entre as
técnicas deve-se basear nos aspectos físicos e emocionais de cada paciente, tendo em vista que atuam
sobre fatores distintos. De forma geral, entretanto, a adenotonsilectomia é preditiva de uma qualidade
de vida superior, pois atua sobre a mitigação de manifestações sintomáticas como enurese noturna,
labilidade emocional e sonolência matinal, fatores que podem influenciar de forma significativa o
desenvolvimento infantil. Conquanto, é recomendada cautela no caso de crianças com obesidade, visto
que o procedimento cirúrgico pode aumentar o ganho ponderal. CONCLUSÃO: o tratamento para
desordens obstrutivas do sono, principalmente em crianças, não pode ser padronizado, sendo
necessária a avaliação das necessidades e particularidades físicas e emocionais do paciente.