Este trabalho buscou questionar a relação existente entre os baixos níveis séricos de vitamina D e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas, como a demência. Trata-se de uma revisão da literatura de artigos disponíveis totalmente e gratuitamente no Pubmed, sendo todos publicados nos últimos cinco anos e feitos em humanos. Com o uso dos descritores “vitamin D”, “dementia” e “Alzheimer”, foram encontrados 52 resultados, dos quais, a partir da leitura do título e do resumo, foram reduzidos para 15, os quais foram reduzidos para 9 por avaliação de 3 examinadores independentes. Apesar de pouco compreendido, o papel da vitamina D no sistema nervoso é bastante intrigante. Assim, alguns estudos constataram relação desse composto com os níveis cognitivos e com o volume do hipocampo, sugerindo que a redução do nível sérico dessa vitamina pode aumentar o risco de desenvolvimento de demência. Entretanto, outros estudos colocaram em dúvida essa teoria, questionando se a deficiência de vitamina D é um fator de risco ou um fator agravante para a existência de problemas cognitivos. Desse modo, apesar de existirem evidências relacionando a vitamina com a demência, ainda ocorreram resultados contraditórios, uma vez que essa relação pode não ser específica. Portanto, são necessários mais estudos, principalmente ensaios clínicos randomizados, para assegurar que a deficiência de vitamina D é mesmo um fator de risco para a demência.