As mudanças identificadas no perfil da epidemia da Aids, chamando atenção para grupos populacionais diversos, como a população com Transtornos mentais, têm mostrado que a vulnerabilidade se enraíza em questões culturais, sociais, econômicas e políticas, acarretando desafios na criação de estratégias de prevenção. Objetivo: Investigar os elementos de vulnerabilidade programática percebidos por profissionais da Saúde Mental. Metodologia: Tratou-se de um estudo qualitativo, realizado em Centros de Atenção Psicossocial na Paraíba, sendo a amostra composta por 27 profissionais do sexo feminino, sendo 13 enfermeiras, 11 psicólogas e 3 assistentes sociais, situadas numa faixa etária de 30 a 49, em sua maioria. Na coleta dos dados utilizou-se um questionário sociodemográfico e ocupacional e entrevista semiestruturada. Os dados quantitativos foram tabulados no Software SPSS e analisados por estatística descritiva e de associação, enquanto para os resultados qualitativos, análise de categorização temática. Resultados e discussão: Os dados demonstram que os participantes encontram dificuldades de realizar ações de pr4evenção devido a insuficiente qualificação, denotando assim, prioridades nas questões assistenciais e omissões de debates sobre a sexualidade dos usuários. Posto isto, observa-se um cenário carente de investimentos na capacitação dos profissionais no que se refere a identificação e manejo da vulnerabilidade as IST/Aids na população com Transtorno Mental, colocando em questão o alcance das políticas de combate as IST/Aids em grupos populacionais mais vulneráveis, bem como, o compromisso das diversas instituições municipais, estaduais e governamentais na garantia dos direitos, entre eles, o direitos sexuais da população com transtorno mental. .