Em ambientes coletivos, especialmente aqueles com áreas públicas frequentadas por animais, em particular cães e gatos, pode-se encontrar uma fonte de infecção para seus frequentadores, devido à possibilidade do solo apresentar-se contaminado por formas infectantes de parasitos, em função, principalmente, do livre acesso de animais a esses locais. Dentre os geo-helmintos mais frequentes encontram-se Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercoralis, ancilostomatidae e Trichuris trichiura, além de nematoides de cães e gatos pertencentes aos gêneros Toxocara e Ancylostoma, agentes etiológicos das síndromes da larva migrans visceral e cutânea, respectivamente. No período de março de 2017 a dezembro do mesmo ano foi realizado um estudo ambiental do solo de 12 áreas ao redor dos prédios mais antigos do Câmpus I da Universidade Estadual da Paraíba, no município de Campina Grande/PB, visando-se o conhecimento do perfil parasitário e grau de contaminação dessas áreas por larvas de nematoides. Em cada local foram recolhidas dez amostras de solo, cinco das quais referentes a coletas superficiais (de até 5 cm) e as cinco demais compostas por amostragens profundas do solo (de 5 cm a 8 cm). As amostras foram analisadas no laboratório de Parasitologia da Universidade Estadual da Paraíba pela técnica de Rugai, Mattos e Brisola. Todas as áreas pesquisadas apresentavam-se contaminadas por larvas de nematoides. Este resultado indica uma expressiva contaminação do solo com fezes de animais, em especial cães e gatos, o que sugere a necessidade de adoção de medidas preventivas de controle dessas parasitoses nesses ambientes.