O trabalho do profissional de enfermagem, enquanto profissional central na gestão e organização da equipe e do cuidado ao paciente, tem se fortalecido cada vez mais. No tocante a resistência bacteriana também no cerne das discussões em saúde no mundo (e que tem preocupado bastante quanto ao futuro sobre os efeitos negativos que são esperados caso as pesquisas na área não possam superar a velocidade na qual as bactérias têm adquirido multirresistência) exige a compreensão de como esse profissional pode contribuir no seu trabalho para erradicar a multirresistência. É preciso conhecer como um cuidado qualificado pode agir sobre a multirresistência, posto que a vulnerabilidade a qual os pacientes estão imersos tem dificultado o controle de disseminação de patógenos resistentes. Desse cenário, nos propomos nessa investigação discorrer sobre a contribuição do trabalho da enfermagem na erradicação das multirresistência apontando atitudes necessárias e possíveis ao trabalho com paciente considerando os espaços e aspectos específicos desses sujeitos que suscitam caráter de vulnerabilidade e exigência de procedimentos peculiares a esses. Pautamo-nos teoricamente em PAIM, 2014; MOURA, 2004; TORTORA, FUNKE, CASE, 2012; ZIMMERMAN, 2012 e WANNMACHER 2004. Nossa metodologia segue um paradigma qualitativo-interpretativista, do tipo pesquisa bibliográfica, na qual utilizamos como corpus artigos disponibilizados no Periódicos Capes, tendo como palavra-chave de pesquisa multirresistência e enfermagem. Concluímos que é preciso compreender aspectos de vulnerabilidade (relacionados a dependência do paciente, situação de pobreza, ausência de informações) que exigem a realização permanente de procedimentos já consagrados na enfermagem, a fim de minimizar o favorecimento da resistência.