Introdução: A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica caracterizada por distorções de pensamento, da realidade, da percepção sobre si mesmo, inadequação ao meio e repressão de seus sentimentos. Ocorre uma ruptura entre mente, corpo e emoções, dificultando as relações sociais e interação com o meio. Em geral, a pessoa com esquizofrenia não é estimulada em sua autonomia, na expressão de suas opiniões, prejudicando sua qualidade de vida. Objetivo: Descrever as concepções das pessoas com esquizofrenia sobre qualidade de vida. Método: Trata-se de estudo descritivo-exploratório, abordagem qualitativa, realizado no Centro de Atenção Psicossocial, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Amostra intencional por saturação, com nove pessoas com esquizofrenia usuárias do referido serviço de saúde, a partir de entrevistas gravadas em áudio norteadas pela pergunta: “O que é qualidade de vida?”. Construiu-se o corpus e realizado a análise de conteúdo de acordo com Bardin. Resultados: Da análise das falas emergiram duas categorias: fatores socioambientais e psicoespirituais. A primeira categoria relacionou a qualidade de vida à construção de uma família, a questões financeiras, materiais e uma boa saúde. A segunda categoria relacionou a qualidade de vida à felicidade, amor, paz e religião. Conclusão: As pessoas com esquizofrenia relataram concepções sobre qualidade de vida como estar em família, ter sustento e boa saúde, sendo relacionada à felicidade, amor, paz e religião. Do exposto percebe-se que essas pessoas conseguiram verbalizar suas concepções mostrando a viabilidade dos profissionais trabalharem e contribuírem para a melhora da interação social dessas pessoas, bem como da qualidade de vida.