A saúde da população carcerária caracteriza-se como uma forte problemática de saúde pública, uma vez que as unidades prisionais apresentam uma realidade que contradiz com o seu ideal, as condições insalubres a vida evidenciam a negligência quanto à saúde física e psíquica do indivíduo restrito a liberdade. Nesse contexto o presente estudo tem como objetivo analisar de forma construtiva como a saúde mental é abordada no setor penitenciário. Trata-se de uma revisão integrativa, a busca da amostragem na literatura foi realizada no mês de março de 2018 através das bases de dados Scielo e Lilacs da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Na rotina cotidiana das pessoas privadas de liberdade é comum identificar conflitos travados consigo próprio, por se tratar de um local repleto de enfrentamentos, sendo propícios para o desencadeamento de sinais e sintomas depressivos, que somados a aspectos como ócio, desqualificação da assistência à saúde e educação, alimentação e ambiente precário e a superlotação, exercem influencia direta no acometimento de diversas enfermidades. A partir deste estudo, percebe-se que a literatura é abrangente quanto à saúde física no ambiente prisional, porém no que se refere à saúde mental, mesmo frente a um ascendente aumento no número de transtornos mentais no público carcerário, a sua associação ainda é pouco trabalhada pela comunidade científica brasileira.