O processo de envelhecimento frequentemente leva ao aparecimento de doenças, especialmente crônicas, acarretando num maior consumo de drogas que podem causar reações adversas e toxicidade. Nesse contexto, o farmacêutico é um importante profissional no acompanhamento desses pacientes. Através da intervenção farmacêutica, pode identificar e resolver potenciais problemas relacionados a medicamentos. Com base nisso, este estudo teve como objetivo analisar as intervenções farmacêuticas de pacientes idosos internos na clínica médica de um hospital universitário. Foram analisadas 298 intervenções farmacêuticas, onde foram coletadas informações quanto ao tipo de intervenção, profissional envolvido, classes de drogas envolvidas, se a intervenção foi aceita ou não e a presença de medicamentos potencialmente inapropriada para idosos. Interação medicamentosa e "medicamentos via sonda nasoenteral" foram os tipos mais frequentes de intervenção, 28,9% e 14,1%, respectivamente. As classes que tiveram mais interações medicamentosas eram "trato digestivo e metabolismo", 31,1% e anti-infecciosos gerais para uso sistêmico”, 20,5%. "Prolongamento QT", 40,7%, foi o possível efeito causada por interações medicamentosas com a maior prevalência. Além disso, 11 tipos diferentes de medicamentos classificados como potencialmente inapropriados para os idosos foram encontrados. Assim, este estudo demonstra a importância do farmacêutico clínico no monitoramento de pacientes idosos, contribuindo para a otimização da farmacoterapia.