Esta pesquisa objetiva identificar a dinâmica do reconhecimento no trabalho dos farmacêuticos.
O reconhecimento tem um papel fundamental na identidade do sujeito, tanto na relação dele com o outro dentro do seu contexto de trabalho, como na transformação do sofrimento em prazer. Para alcançar este objetivo realizou-se uma pesquisa com 48 farmacêuticos atuantes em farmácias e drogarias de uma cidade paraibana. Os participantes responderam a uma entrevista individual semiestruturada e ao Inquérito Saúde e Trabalho em Serviços – INSATS. Os dados obtidos das entrevistas foram analisados através da análise de conteúdo temática, e os dados do INSATS foram analisados no SPSS. Análise dos resultados mostrou que os participantes vivenciam o sentimento de reconhecimento oriundo das relações com os colegas, com a chefia e com o público. No entanto apontam que não se sentirem reconhecidos pela sociedade. Essa realidade não é unanime, e durante as entrevistas alguns profissionais relataram não se sentirem reconhecidos, especialmente por parte da chefia. Este fato é preocupante, pois a falta de reconhecimento leva a desmobilização subjetiva, que por sua vez afeta sua saúde mental. Também foi verificada a realização profissional dos participantes. Essa realização esta vinculada a possibilidade de ajudar os outros, de ser reconhecido e respeitado, e também o fato de gostar do que faz. Os dados demonstram um panorama positivo, embora sejam pontuados por relatos de ausência de reconhecimento.