O presente artigo pretende analisar as representações de gênero, sexualidade e corpo veiculadas pelos meios de comunicação e mídia, evidenciando a construção discursiva que a linguagem possui na naturalização e legitimação da homofobia e transfobia tendo como padrão o discurso heteronormativo, cisnormativo e sexista numa perspectiva pós-estruturalista de análise. Trata-se, isto posto, de discutir a influência de tais corroborações nos estereótipos que perpassam o contexto social, partindo do pressuposto teórico e político que a linguagem (seja ela qual for) transcende o papel meramente instrumental para elevar-se a um mecanismo que instaura ideologias e valores que regulam relações de poder e, consequentemente, coloca os sujeitos que fogem desse padrão binário e heteronormativo como “anormais” ou “falsos”.