As comunidades rurais do nordeste brasileiro, vêm enfrentando problemas relacionados a falta de infraestrutura e escassez de água, indicadores relevantes por mensurar a situação socioeconômica e ambiental da sociedade local. Nessas comunidades de agricultores tradicionais, desfavorecidos de recursos financeiros, geralmente adota-se sistemas mais intensivo no que diz respeito à mão de obra, buscando a reciclagem e o melhor uso dos escassos recursos ambientais. Neste contexto identificamos a comunidade do Catu, localizada entre os municípios de Goianinha e Canguaretama, no agreste potiguar. Trata-se de uma comunidade de remanescentes indígenas que busca a sua sobrevivência sem perder de vista uma das características fundamentais de seu grupo étnico que é a relação sustentável com o meio ambiente. Apesar da influência do mundo globalizado tão presente no modelo desenvolvimentista do Brasil, a comunidade do Catu busca preservar suas raízes culturais, trazendo, desta forma, um debate acerca das questões ambientais, sociais e econômicas. Portanto, o nosso trabalho tem como objetivo analisar o papel da escola na comunidade do Catu na perspectiva de preservação de seus valores étnicos entre os quais inserimos a preservação ambiental. Trata-se de um estudo de natureza exploratória e descritiva na medida em que revelará um processo de reflexão e análise da realidade ambiental e educacional utilizando métodos e técnicas para a compreensão detalhada do objeto de estudo. Como procedimentos de investigação utilizaremos a observação participante e entrevistas com professores que atuam na comunidade, buscando compreendera atuação docente em comunidades étnicas.