O presente artigo versa sobre a experiência vivenciada em sala de aula por uma licencianda, bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do Curso de Graduação de História, em torno da ampliação dos recursos didáticos na sala de aula, usando as histórias em quadrinhos como um aporte metodológico para o ensino-aprendizagem, respaldado nas HQs bibliográficas: Maus e o Boxeador. Tais obras foram utilizadas como um conteúdo complementar sobre a temática do nazismo, tendo em vista que essas HQs apresentam a história de sobreviventes dos campos de concentração nazistas, relatando assim fatos históricos do período correspondente a Segunda Guerra Mundial. A inserção das HQs, enquanto uma ferramenta de ensino-aprendizagem, ocorreu paulatinamente, estas ficaram por muito tempo à margem do âmbito educacional onde foram estereotipadas e marginalizadas pela sociedade; é a partir dos anos de 1990 que as histórias em quadrinhos vêm a conquistar seu espaço na área educacional no Brasil, com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) em 1996, que possibilita a inclusão de novas tecnologias e linguagens na sala de aula e com o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE) que possibilitou a compra e distribuição de histórias em quadrinhos para os acervos das bibliotecas escolares. As HQs, quando apropriadas corretamente pelos professores, contribuem para o processo da construção do saber dos educandos, onde as mesmas precisam ser analisadas e trabalhadas além de gênero visual e textuais, mas também como portadoras de eventos históricos e transmissores de ideologias. Tendo como referencial teórico Ângela Rama e Waldomiro Vergueiro para o desenvolvimento do presente trabalho.