O presente trabalho visa relatar uma experiência didática promovida por bolsistas do
subprojeto de física do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da UEPB.
Trata-se da implementação da “Gincana da Física” (GF), um evento extraclasse que utiliza a
perspectiva de jogos/brincadeiras e do lúdico para promover um momento diferenciado de
revisão/aprendizagem dos conhecimentos científicos, adquiridos ao longo do ensino básico. O
agravamento da crise do ensino brasileiro (sobretudo de ciências), em nível fundamental e médio,
reiterado pelo baixo rendimento dos estudantes em exames nacionais e internacionais, demonstra a
crescente ineficiência da pedagogia tradicional frente as demandas oriundas do ritmo de
transformações sociais. Essa conjuntura, além de ser vista como um dos principais entraves do
desenvolvimento do país, também incentiva a tendência de rompimento da pedagogia tradicionalista,
que se reflete no movimento de renovação do ensino de ciências, intensificado no Brasil há pelo
menos três décadas e que é apontado em documentos oficiais da área. E dentre as estratégias
inovadoras para as aulas de Física, percebe-se o estímulo às práticas lúdicas e de jogos. Nessa
perspectiva, a proposta da GF realizada compreendeu três tipos de desafios (práticos,
raciocínio/conhecimentos e criativos) e foi executada em duas unidades públicas de educação básica
de Campina Grande-PB, a Escola Estadual Ademar Veloso da Silveira e a Escola Estadual Solon de
Lucena. Em linhas gerais, além de um momento de descontração e de incentivo ao trabalho em equipe
e de socialização, a realização da GF cumpriu sua função de estabelecer um contexto de revisão e/ou
oportunidade de aprendizagem de diversos conhecimentos científicos, comumente vinculados ao
Ensino Médio.