A captação de água da chuva é uma das tecnologias mais antiga do mundo, para finalidades diversas, essa técnica tem sido muito popular, especialmente, nas regiões áridas e semiáridas, onde as chuvas se concentram num curto período. Essa tecnologia ela é praticamente universal, com registro de sua utilização na china e no mundo árabe. O Semiárido nordestino é a segunda região mais populosa do Brasil, com a menor disponibilidade de recursos hídricos, as chuvas, em especial nesta região são irregulares no tempo e no espaço, chovendo torrencialmente num local e quase nada nos seus arredores. Por isso, captar água da chuva permite aumentar a disponibilidade hídrica. O Parque das Feiras, localizado em Toritama-PE as margens da BR 104 esse centro comercial tem uma área coberta de 10.562 m², aonde foram instaladas várias lojas, boxes e espaços para o segmento gastronômico, Estima-se que a população anual circulante, no referido centro comercial, seja da ordem de um milhão de pessoas, tendo como fonte para se abastecer de água um poço artesiano e caminhão pipa. Diante disto houve a necessidade de se estabelecer o regime pluvial anual de Toritama, PE, tendo como objetivo identificar o potencial de captação de água da chuva do parque das feiras para fins não potáveis. O trabalho foi realizado no Parque das Feiras, na cidade de Toritama localizada no Agreste de Pernambuco, Séries de dados mensais e anuais de precipitação pluvial de Toritama foram cedidas pela Agência Pernambucana de Águas e Clima, APAC, referente ao período: 01.01.1963 a 31.12.2016. Após analises desses dados foram determinadas as médias de tendência central e de dispersão e os parâmetros da distribuição de frequência, constatou-se que, os modelos mensais e anuais de distribuição eram assimétricos e, por isso, recomenda-se o uso da mediana e não da média. Diagnosticou-se que os valores das médias pluviais mensais são irregularmente, e que há uma elevada irregularidade temporal das chuvas em Toritama, PE. como também os valores das médias aritméticas mensais da chuva diferem dos das medianas. Fazendo com quer o modelo de distribuição de chuvas seja assimétrico e, por isso, a média não é o valor mais provável de ocorrer e sim a mediana. Os volumes potencias anuais de água da chuva, em litros por m², oscilam de 154 L. m¬¬² (no ano mais seco) a 1350 L.m² (no ano mais chuvoso). Conclusões que o regime de distribuição de chuva é irregular, assimétrico e, por isso, recomenda-se o uso da mediana, em vez da média. O regime pluvial anual demonstra a existência de um grande potencial de captação de água da chuva, no telhado do Parque das Feiras. Estima-se que o volume de água de chuva captado represente, pelo menos, 30% do necessário ao uso das descargas dos banheiros e lavagens das lojas.