A problemática das águas no Brasil envolve além da quantidade, a qualidade, o saneamento ambiental é definido como o conjunto de ações socioeconômicas que objetivam alcançar níveis de salubridade ambiental, por meio do abastecimento de água potável, coleta e disposição sanitária de resíduos sólidos, líquidos e
gasosos, promoção da disciplina sanitária do uso do solo, drenagem urbana, controle de doenças
transmissíveis e demais serviços e obras especializadas, com a finalidade de proteger e melhorar as
condições de vida urbana e rural. As diversas medidas de saneamento relativas ao acesso à água de boa qualidade e tratamento/eliminação adequada das excretas permitiram a redução drástica da incidência de
doenças infectoparasitárias nos países industrializados. Os indicadores de saúde têm sido
amplamente utilizados para conhecimento, monitoramento e avaliação de situações de saúde, sendo
construídos através dos dados disponíveis de forma a expressar resultados que indiquem aspectos de
saúde da população à qual se referem. As doenças caraterizadas como transmissão feco-oral, ou
seja, através de água ou alimentos contaminados são diarreias, febres entéricas e hepatite A. O
presente estudo tem como objetivo realizar um levantamento comparativo das internações
hospitalares por doenças relacionadas à transmissão feco-oral entre os estados situados no semiárido
brasileiro. A metodologia está baseada numa pesquisa bibliográfica e descritiva. A coleta de dados se
deu através dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) disponibilizados no Sistema
IBGE de Recuperação Automática (SIDRA ) que objetivam acompanhar a sustentabilidade do
padrão de desenvolvimento do país. A apresentação dos indicadores segue o marco ordenador
proposto em 2001 e revisto em 2007 pela Organização das Nações Unidas – ONU , que organiza os
temas em dimensões (Ambiental, Social, Econômica e Institucional). Indicadores epidemiológicos são importantes para representar os efeitos das ações de saneamento, ou da sua insuficiência, na saúde humana e constituem, portanto, ferramentas fundamentais para a vigilância ambiental em saúde e para orientar programas e planos de alocação de recursos em saneamento ambiental no país.