ALVES, Patrícia Regina Wanderlinde. . Anais IV CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/artigo/visualizar/38939>. Acesso em: 23/12/2024 00:05
O presente relato tem por objetivo compartilhar com educadores, e demais membros da sociedade, uma experiência de sucesso em busca da promoção de uma Cultura de Paz, desenvolvida com alunos do Ensino Fundamental de uma escola pública do município de Itajaí/SC. O projeto teve início em 2017, enquanto era realizada uma roda de leitura com alunos do 5º ano da Escola Básica Professora Judith Duarte de Oliveira, e um fato chamou muito a atenção de todos: um aluno trouxe um texto jornalístico que falava sobre a morte de um idoso numa discussão de trânsito. Os alunos manifestaram indignação por esta situação, e por várias outras manifestações de violência que estavam acontecendo na escola, comunidade, município e em outros os lugares do planeta. Eles me questionaram sobre como poderíamos contribuir para promover uma Cultura de Paz em nossa sociedade. A turma era bastante heterogênea. Tinham muitos alunos com dificuldades de leitura, escrita, raciocínio lógico matemático, entre outras, sendo que destes, nove com necessidades educacionais especiais. Foi nesse contexto que surgiu a necessidade da elaboração do Projeto “Semeadores da Paz: Unidos para Fazer a Diferença”. O projeto, iniciado com os alunos do 5º ano e ampliado para os demais alunos da escola, buscou desenvolver valores relativos à paz, e a não violência, através de experiências significativas para a vida de todos os seres do planeta, pois em tempos de tantas guerras, conflitos e intolerância, nada melhor do que despertar nas pessoas o desejo de se tornarem semeadoras de paz. Ao selecionar as atividades procurei resgatar o saber do educando e a contextualização do conteúdo com as suas vivências e realidade, não deixando de analisar, criticamente, cada uma delas, tanto em relação à aprendizagem, quanto em relação à construção de valores, como respeito, amor e amizade, essenciais para os alunos. A medida que as atividades foram desenvolvidas houve uma melhora na aprendizagem e uma mudança no modo de como os alunos analisavam tudo a sua volta. Eles começaram a ser mais parceiros da escola, sinalizando problemas que observavam no ambiente escolar e sugerindo ações para o despertamento de atitudes pacíficas, solidárias e anti-bullying. Além disso, houve um grande envolvimento das famílias, empresários, comunidade e meios de comunicação.