A deficiência física, geralmente, aparece associada a outras condições, como associações sensoriais, visuais ou auditivas, deficiência intelectual, autismo, dentre outras. O Ministério da Educação (2007) caracteriza a deficiência física como a alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física. Esse comprometimento acarreta a falta de um membro, sua má-formação ou deformação. Existem também as alterações funcionais motoras provenientes de lesão do sistema nervoso que altera, principalmente, o tônus muscular. No contexto escolar, o professor se depara com diagnósticos diferenciados, por isso a importância do conhecimento sobre a deficiência, principalmente para quem atua no Atendimento Educacional Especializado (AEE). Neste trabalho, nos detemos a um estudo de caso de um aluno que apresenta o quadro de paralisia cerebral e frequenta o serviço do AEE. A paralisia cerebral é definida como um termo genérico para o conjunto de encefalopatias crônicas não progressivas da infância. Alguns autores reconhecem a evidente associação entre a deficiência física e as questões comunicacionais, como nos casos de indivíduos com paralisia cerebral. Dessa maneira, justifica-se a importância da Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) para esse público com dificuldades funcionais de fala e escrita. A CAA conta com recursos (pranchas de comunicação ou vocalizadores portáteis) e estratégias que adicionam ou favorecem alternativas para a fala de difícil compreensão ou inexistente. Diante disto, foi apresentado ao referido aluno as possibilidades de construção das pranchas de comunicação pessoal personalizada; o aluno optou pela confecção de cartões de comunicação organizados em fichários e presos em argolas (como um chaveiro), pois facilita o manuseio e o mesmo apresenta comprometimentos motores dos membros superiores, como pequenos espasmos. A apresentação dos cartões ocorreu de maneira gradativa, possibilitando êxito no uso correto. O objetivo principal do trabalho no AEE com o aluno foi estabelecer melhores meios de ampliar sua comunicação nos diversos espaços, utilizando a proposta pedagógica dos recursos de tecnologia assistiva, em especial a CAA. Vale ressaltar que no AEE, o professor encontra um grande número de alunos que apresentam quadros de paralisia cerebral que podem ou não apresentar a fala preservada, por isso à necessidade de aprofundamento do profissional do AEE sobre esse recurso de materiais pedagógicos adaptados.