Diante da sociedade em constantes transformações e das novas demandas sociais, somos convidados a refletir os caminhos que a escola pública tem trilhado, a começar pelo currículo, formação docente e os instrumentos avaliativos: pontos-chaves e indispensáveis ao fazer pedagógico. Os desafios são muitos, e estão postos; é inadiável e urgente a reinvenção da escola pública. A partir do recorte histórico é possível compreender como o sistema escolar se constituiu até os dias de hoje, e como o projeto neoliberal de exclusão da pobreza dos bancos escolares se configurou no fracasso escolar do filho do pobre, forçando-o ao trabalho precoce e à desesperança. A escola que se almeja, de proposta emancipatória, é pautada na solidariedade, igualdade, cooperativismo, amorosidade, sensibilidade e responsabilidade social, de colorido multicultural e comprometida eticamente com a quebra da cultura da pobreza. Nessa escola todos aprendem de forma significativa e democrática, a educação popular tem igual valor, pois todo espaço é lugar de aprendizagem e o conhecimento de mundo é valorizado. Como aporte teórico, buscaram-se os posicionamentos de estudiosos com publicações relacionadas ao tema como CANDAU (2013), FREIRE (1996), CORTELLA (2001) e vários outros. Por fim, na escola que sonhamos, a justiça social existe, pois se conjuga cidadania em seu cotidiano.