Este trabalho é parte de uma pesquisa mais ampla que está em andamento e é produzida pelo Grupo de Investigação do Ensino de Língua Portuguesa - GIELP-UFMA, campus Codó. A pesquisa visa buscar dados sobre o ensino de português e discutir questões sobre o ensino de língua materna em diferentes perspectivas teóricas do Ensino e da Linguística. A pesquisa tem sido produzida tendo como base os dados educacionais sobre o município de Codó, cidade localizada ao Leste do Estado do Maranhão. A principal fonte das informações sobre a temática da pesquisa têm sido dados publicados recentemente: (i) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP); (ii) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), bem como (iii) pelo site QEdu, site que disponibiliza pesquisas sobre a educação, além de discutir e reunir mais facilmente em um única plataforma interativa dados oficiais sobre a educação brasileira; A pesquisa se serve também de dados de pesquisas de campo realizadas pelo GIELP no município. Nesse contexto, este estudo tem como base teórica-metodológica a Linguística Aplicada, ramo da Linguística que discute a aplicação das teorias linguísticas ao ensino, além de entre os estudos da Sociolinguística Educacional, que discute e busca apresentar métodos e modos para o desenvolvimento do ensino de língua materna e estrangeira em uma perspectiva social. Os dados apresentados neste estudo são do ano de 2015 e são oriundos da Prova Brasil, aplicada no município no ano em análise, e de pesquisas de campo realizadas pelo GIELP no município. Os dados têm mostrado que, no município de Codó, o analfabetismo avança nas diversas séries mais adiantadas da educação básica, sendo possível observar crianças que estão no 4º ano que não sabem nem ler e nem escrever de maneira adequada. Fora isso, considerando a avaliação da prova Brasil no município, são muitas as escolas que têm apresentado índices no IDEB, chegando até a nota zero na escala. Nesse sentido, observa-se um atraso no ensino de português no município provavelmente pelo ensino engessado e tradicionalista, que busca mais o aprendizado de uma terminologia gramatical do que exatamente o desenvolvimento comunicativo dos alunos.