O estudo sobre mobilidade tem conquistado relevância, através da abordagem dos fluxos humanos sobre o espaço. Nosso objetivo foi analisar a mobilidade do trabalho praticada por professores do ensino superior a partir das premissas marxistas. A mobilidade do trabalho tem sido abordada a partir de duas correntes teóricas: a de base neoclássica e a de base marxista, ambas com distintas acepções de trabalho, mercado e espaço geográfico. A análise constituiu-se metodologicamente de estudo bibliográfico focado no processo de mobilidade (BECKER, 1997); trabalho (MARX, 2004 e 2011); mobilidade do trabalho (GAUDEMAR, 1977) e mobilidade pendular (PERPÉTUA, 2010). Apresentamos uma síntese dessas categorias, entendendo-as como parte essencial da reprodução ampliada do capital que se consubstancia na escala local. Adotamos uma compreensão marxista de mobilidade e desenvolvimento espacial, com a pretensão de um esboço de conceituação a partir da relação entre esses dois elementos (trabalho e mobilidade) e o fenômeno da pendularidade.