A avaliação psicopedagógica é uma ferramenta para tomar decisões que melhorem a resposta educacional do sujeito, como também promover mudanças no contexto escolar e familiar. Desse modo, ela deve nos permitir dispor de informações relevantes quanto às capacidades e habilidades do sujeito e não apenas suas dificuldades, pois estando vinculada a função de orientação, irá se ajustar respeitando ritmos e momentos. Uma avaliação psicopedagógica se desenvolve em conjunto e engloba todos os envolvidos neste processo: sujeito, família e escola. Todo o indivíduo tem a sua modalidade de aprendizagem, ou seja, meios, condições e limites para conhecer. Partindo disto, o psicopedagogo possibilita a intervenção visando à solução dos problemas de aprendizagem tendo como enfoque o aprendente ou a unidade escolar no ensino público ou privado. Em revisão a literatura, percebe-se uma lacuna em relação a estudos de casos que abordem os processos de avaliação ou intervenção psicopedagógica, pois são poucos os estudos encontrados. Diante do exposto o presente estudo tem como objetivo realizar uma intervenção após reavaliar as dificuldades de aprendizagem apresentadas por uma criança de oito anos que se encontra em atendimento psicopedagógico na clínica-escola da UFPB. A pessoa em atendimento psicopedagógico tem oito anos e está no 2o ano do ensino Fundamental I, com a demanda de dificuldade de aprendizagem escolar, baixo rendimento e suspeita do Transtorno do Espectro Autista por parte da escola. Não possui laudos e não faz acompanhamento com outros profissionais. Começou a ser atendido na clínica-escola de
psicopedagogia no período de 2016.2, onde foi iniciado o processo de avaliação. A criança estuda na Escola de Educação Básica da UFPB - EEBAS, no turno da manhã. O processo de avaliação precisou ser retomado no período 2017.2 para complementar a investigação iniciada no período anterior. Sendo iniciado em julho e conta com nove sessões, com cinquenta minutos cada, sendo que uma foi visita a escola para ser feita a observação da criança em sala e outras áreas. Foram aplicados alguns testes afim de identificar as principais limitações que o impedem de obter êxito no processo de leitura e escrita, dentre esses: anamnese, rapport, prova de aritmética, prova de consciência fonológica por escolha de figuras, prova de escrita sob ditado, visita a escola e prova de avaliação dos processos de leitura (PROLEC). Após conluir o processo de avaliação será montado um novo plano onde serão elaboradas atividades de intervenção para trabalhar as áreas de dificuldades identificadas nos atendimentos.
Portanto, ficou evidente que a criança apresenta dificuldades de leitura, principalmente de interpretação e escrita. O estudo ainda não apresenta conclusões acerca do processo de intevenção, pois esse encontra-se em fase de planejamento para melhor adequar-se as necessidades do sujeito.