A consciência fonológica (CF) corresponde à capacidade que o indivíduo tem de operar sobre os sons da língua de modo consciente. Ao não ter CF numa segunda língua como o inglês, é normal que os padrões fonológicos da língua materna (LM) sejam transferidos durante a materialização da L2, seja de forma oral ou escrita. O não entendimento das distinções entre as estruturas linguísticas leva o aluno a compreender a fonologia da LM como universal. A CF se dá em níveis distintos e a sílaba corresponde a um desses níveis. Ter consciência dos padrões silábicos da L2 envolve a capacidade de reconhecer as combinações de sons possíveis de ocorrer na sílaba, pois essas combinações mudam de língua para língua. O fato de não ter conhecimento que as consoantes plosivas [p, t, k, b, d, g], por exemplo, poder ocupar a posição de coda na sílaba do inglês, acarreta em um desvio muito comum por falantes brasileiros que inserem uma vogal de apoio na tentativa de enquadrar ao padrão silábico do português brasileiro (PB). O presente trabalho visa averiguar os desvios ocasionados pelo não desenvolvimento da CF no nível silábico do inglês como L2, como também apontar algumas atividades que venham amenizar tais processos. O trabalho foi realizado numa turma de 4º ano do Ensino Fundamental I da cidade de Guarabira-PB. Para a metodologia utilizamos dados orais e escritos. As análises acústicas foram realizadas no programa computacional PRAAT onde após comprovados os fenômenos sugerimos que uma maior atenção seja dada aos aspectos fonológicos e não apenas aspectos gramaticais, sendo aqueles a base das línguas.