Diante dessa realidade desconcertada e intensa que Zigmunt Bauman (2003) chama de líquida, tornar o ensino de História atraente é uma tarefa hercúlea. Desse modo, procuramos entender as teorias de Paulo Freire articuladas com esse ensinar, mesclando-as, para assim podermos traçar um ensino de História dialógico, que faça os sujeitos se assumirem enquanto intérpretes no contrateatro social. Freire propõe um ensino que auxilie na autonomia dos educandos, ensino articulador do conhecimento-palavra gerido e gerado pelo discente, estes que têm nessa relação, um papel peculiar que colabora com seus conhecimentos prévios no processo de ensino e aprendizagem. Diante disso, pensar Freire articulado com o ensino de História é fazer somar novas possibilidades de se formar indivíduos pensantes e atuantes e não massas amorfas diante da temporalidade vivenciada por nós. Para tanto, partiremos da formação reflexiva como condição necessária para uma ressignificação das práticas educativas no contexto escolar (PERRENOUD, 2002).