Diante do reconhecimento e da legalidade da educação especial, as crianças com deficiência, nos últimos anos, vêm ocupando um espaço considerável nas creches e pré-escolas do ensino regular. Assim, o contato entre as crianças, com seus diferentes valores, atitudes e costumes, contribui para a o desenvolvimento e aprendizagem dessas e, para as que têm algum tipo de deficiência e/ou necessidade específica, contribui para a eliminação de algum tipo de preconceito, além de possibilitar a compreensão de que a deficiência é apenas mais uma das características da diversidade. Nesse contexto, o estudo teve por objetivo investigar como vinha ocorrendo a interação entre crianças sem e com deficiência em uma instituição pública municipal de Educação Infantil de São Luís/MA. Desenvolveu-se uma pesquisa exploratória, descritiva. Os participantes foram 19 crianças, dentre essas, uma com deficiência física. 12 pertencem ao sexo masculino e 7, ao sexo feminino, com faixa etária de 5 a 6 anos de idade. Os dados foram coletados por meio de observação participante, entrevistas semiestruturadas, registros fotográficos e filmagens. Os resultados revelam que as crianças sem deficiência se comportam de maneira acolhedora e com sentimento de proteção na presença da criança com deficiência. As crianças sem deficiência demonstram em suas interações, atitudes favoráveis à inclusão em relação ao colega com deficiência. A criança com deficiência apesar de possuir um círculo de amizade restrito, ser tímida e não utilizar, com frequência, a comunicação oral com as outras crianças, demostra sentir-se bem na interação com seus colegas. Diante dos fatos, ressalta-se a relevância da inclusão de crianças com deficiência na Educação Infantil, pois, quanto mais cedo for o contato entre todas as crianças, maior será a possibilidade de aceitação e naturalidade às diferenças, bem como o desenvolvimento de atitudes sociais favoráveis à inclusão.