Esta pesquisa busca refletir sobre os desafios e possibilidades na prática de uma professora para a inclusão de criança com Transtorno Espectro Autista (TEA) na Educação Infantil. A pesquisa se configura de caráter qualitativo e, para discorrer sobre as categorias fundamentais discutidas neste trabalho, nos detivemos às ideias apontadas pelos seguintes documentos e autores: Brasil (2003), Mello (2007) e Silva (2012). Realizamos também entrevista semiestruturada com uma professora da Educação Infantil que acompanha uma aluna autista a fim de compreender seu olhar sobre o Autismo; as estratégias pedagógicas utilizadas para lidar com o TEA; e, refletirmos acerca dos desafios enfrentados pelo sujeito participante da pesquisa em sala de aula. Os resultados revelaram que: 1. Os estudos sobre o autismo vêm sendo realizados desde 1934 e, ao longo desse percurso até os dias atuais, ainda há o que ser estudado, tendo em vista os inúmeros questionamentos com relação ao que ocasiona de fato esse transtorno; 2. O fator que dificulta a ampla compreensão desse transtorno é a existência de inúmeros casos de autista com características diferentes, sendo fruto do transtorno neurobiológico; 3. No que diz respeito ao tratamento, essas crianças devem ser acompanhadas por profissionais como psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos e pedagogos que auxiliam no desenvolvimento cognitivo, acadêmico e social dos portadores de autismo; 4. Consideramos que o professor diante do desenvolvimento da criança portadora de autismo tem o papel fundamental no propósito de identificar o autismo, promover a interação da criança com os demais alunos, além de estimular a comunicação/linguagem. Por fim, podemos destacar que o principal desafio relatado pela professora é a ausência de uma auxiliar, dificultando a participação da aluna nas atividades propostas, pois acredita que com auxílio seria possível o amplo desenvolvimento da mesma. Esse desafio apontado relaciona-se com os estudos bibliográficos utilizados, pois eles revelaram que é preciso, comparada as outras crianças sem Necessidade Educativas Especiais, atenção individualizada e, sem esse suporte, a dispersão da atenção do aluno autista nas atividades são mais recorrentes. Por fim, consideramos ser relevante a discussão dessa temática, pois são variados os desafios encontrados pelos professores para incluir e promover a progressão da aprendizagem dos seus alunos, especialmente, dos alunos autistas.