Este artigo traz uma discussão sobre o ensino de Gramática nas aulas de Língua Portuguesa, buscando proporcionar reflexões sobre a ressignificação do trabalho desenvolvido em sala de aula. A relevância da pesquisa justifica-se pela necessidade de tornar a Gramática um saber linguístico contextualizado com o texto e com o discurso, frente às diversas transformações existentes na área das linguagens. O objetivo geral desse trabalho é ampliar os conhecimentos acerca do ensino de Gramática, buscando proporcionar novas significações do trabalho desenvolvido em sala de aula. Como objetivos específicos, pretendemos: conhecer a trajetória dos estudos gramaticais, desde os modelos mais antigos até os estudos contemporâneos; apresentar um conceito formal para os principais tipos de gramática; refletir sobre a essencialidade do ensino de gramática na escola e, por fim, apresentar as principais referências adotadas para o ensino de gramática. Para isso, fizemos uma pesquisa bibliográfica, com base nas contribuições teóricas de autores que possuem grande respaldo nos estudos gramaticais, como Faraco (2008), Travaglia (2009; 2011), Neves (2011), entre outros, que fundamentam nossa abordagem sobre a definição do termo “gramática”, os tipos existentes, o contexto histórico e o ensino de gramática como algo essencial para a aprendizagem do aluno e para sua vivência na sociedade. Fizemos também um levantamento, a partir de um questionário aplicado a duas professores, a fim de conhecer as referências utilizadas para o ensino de Gramática na escola. O estudo realizado nos permite concluir que incorporar ao ensino de Língua Materna os vários tipos existentes de gramática, inclusive as produzidas pelos linguistas, proporciona o desenvolvimento da capacidade crítica e das habilidades com a leitura, a oralidade e, consequentemente, com a escrita, na busca de entender as reais necessidades de se aprender a língua de origem.