A presente pesquisa tem como objetivo apresentar e discutir as influências socioeconômicas nas reprovações e consequente evasão dos cursos de bacharelado em engenharia do Instituto Federal da Bahia – Campus Vitória da Conquista. Para isso, realizou-se, a partir de questionários propostos aos alunos do campus, matriculados entre o primeiro e o décimo período, perguntas referentes às suas condições socioeconômicas, abrangendo as dificuldades em se deslocar de um estado para o outro à sua instalação e readaptação às realidades financeiras da nova cidade a se residir. Assim, a partir do questionário, eles puderam expor, além dessas causas, outros detalhes que afligem sua vida acadêmica e se acreditavam que havia influência socioeconômica nas suas próprias retenções e na consequente evasão de alguns dos seus colegas. Além disso, também foi aberto espaço para sugestões, nas quais os discentes poderiam discutir práticas e projetos que poderiam vir a ser de ajuda para encarar os problemas financeiros durante a graduação. Com a análise destes dados coletados a partir dos questionários propostos, foram constatadas que as principais dificuldades socioeconômicas são: a falta de subsídio para a compra de materiais de extrema necessidade em disciplinas específicas, a falta de amplitude e a insuficiência de recurso para contemplar todas as necessidades do alunado em programas de auxílio estudantil do campus, a necessidade por parte de certos estudantes em ter de ocupar um emprego fixo, ou seja, ser assalariado para custear as suas necessidades acadêmicas e cursar o nível superior ao mesmo tempo, algo que torna a carga curricular extremamente desgastante e a necessidade de custear uma moradia na cidade. Outrossim, foi possível propor medidas efetivas para sanar o problema como uma participação efetiva das prefeituras locais no transporte de alunos e a criação de um alojamento universitário por parte do campus.