O presente trabalho foi motivado pela percepção da carência de produção de conhecimento acerca do direito social à Educação Básica, mais especificamente ao acesso e à permanência nos Ensinos Infantil e Fundamental. Motivado, também, pelo intuito de problematizar o trabalho do/a assistente social com o alunado de diversas faixas etárias, de modo multi/interdisciplinar e intersetorial. A experiência aqui relatada compreende o período entre fevereiro de 2015 e setembro de 2017, na Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Ubirajara Targino Botto, localizada no bairro Cristo Redentor – João Pessoa/PB, no que se refere ao trabalho pela garantia do direito ao acesso e à permanência de usuários/as na referida unidade de ensino. A mediação realizada pelo Serviço Social, internamente com pedagogas, psicóloga, docentes e gestoras escolares, e externamente com as famílias dos/as alunos/as e instituições diversas, tem apresentado resultados bastante lentos, de longo prazo, à medida que a escola busca em si mesma e na rede de garantia de direitos aquilo que não dá conta sozinha. Torna-se evidente, nesta experiência profissional, que a garantia de direitos não se dá pelas mãos de um profissional somente, ou seja, do assistente social, mas de um somatório de saberes e fazeres profissionais. O embarreiramento ao direito à Educação toma corpo nos recursos escassos destinados à área, no despreparo profissional para acolher e motivar o alunado, no formato obsoleto de gestão escolar e no pouco ou inexistente aporte familiar, dentre outros aspectos. A detecção e análise das reais necessidades do alunado em destaque, somadas à corresponsabilidade família-escola-instituições afins, tem mostrado a possibilidade de manutenção de crianças, adolescentes, jovens e adultos no ensino oficial, apesar de entraves diversos, de ordem técnica, estrutural e financeira.