O presente trabalho problematiza a exclusão no espaço escolar provocada pela violência física e psicológica sofrida por estudantes lésbicas, gays, travestis e transexuais. O Brasil computa números elevados de evasão que, sem identificação do real motivo, decorrem também de humilhações e pela discriminação das famílias homoafetivas. Neste sentido, os objetivos deste trabalho versam sobre os dados e depoimentos de estudantes coletados e apresentados na Pesquisa Nacional sobre o Ambiente Educacional no Brasil, divulgada em 2016, dizeres de alguns autores sobre homofobia e sobre a ausência do bullying (homofóbico ou não) como possível motivo da infrequência escolar na ficha gerada pela escola e encaminhada ao Conselho Tutelar. Através de uma pesquisa qualitativa, de procedimento documental e revisão bibliográfica, encontra resultados que apontam para a discriminação no ambiente escolar, através de números e depoimentos de estudantes. A revisão bibliográfica traz autores como Borrillo (2015), Reis (2015) e Rios (2011), a fim de reunir o entendimento dos mesmos sobre homofobia. Em seguida, a pesquisa cogita os aspectos da escrita genérica e o fragilizado reconhecimento dos fatores desencadeantes da evasão escolar nas Fichas de Comunicação de Aluno Infrequente (Ficai) que estabelecem o elo entre as escolas e os Conselhos Tutelares. A pesquisa encaminha suas conclusões inferindo sobre o quão inconcebível é a exclusão escolar por preconceito e intolerância em uma sociedade que afirma o respeito às pessoas, embora tenha dificuldades em reconhecer questões como orientação sexual e identidade de gênero e revela, assim, a importância da formação docente como forma de transpor o conhecimento empírico através do conhecimento científico sobre uma parcela da população que necessita ser progressivamente reconhecida e acolhida.