Depressão psicótica é uma configuração grave de transtorno de humor. Pacientes com depressão psicótica exibem maior índice de morbidade e mortalidade que pacientes com depressão não-psicótica. A demência com corpúsculos de Lewy (DCL) é determinada como demência primária que aborda as regiões frontais-subcorticais, é considerada a segunda causa de demência degenerativa no idoso. O propósito deste estudo é relatar as alterações presentes em uma paciente com diagnóstico de depressão psicótica e DCL, realizar um levantamento bibliográfico sistemático sobre o assunto e fazer um comparativo a cerca dessas doenças. A relevância do estudo é devido ao fato de que o uso de antipsicóticos durante as fases de manutenção e continuação é pouco estudado e não há resultados conclusivos. Trata-se de uma pesquisa cujo estudo é observacional, descritivo do tipo relato de caso, com base em análise das condições clínicas gerais da paciente para relacionar com as condições clínicas da literatura. Paciente M.S.S, sexo feminino, 60 anos, solteira, aposentada, diagnóstico de depressão psicótica, demência por corpúsculos de Lewy, paralisia supranuclear progressiva e atrofia de múltiplos sistemas. Apresenta perda de memória em curto prazo, disfunções executivas, agnosia, anomia, desorientação espacial, alterações comportamentais, alucinações visuais bem construídas. Apresenta choro fácil, labilidade emocional, ideações de morte, cirurgia ortopédica decorrente de uma fratura no tornozelo esquerdo há 5 anos, apendicectomia, ligadura tubária. Apresenta-se com diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS). Apresentou insuficiência de vitamina B12 e de vitamina D nos exames. Poucas pesquisas, artigos e revisões versam sobre o tratamento nas fases de continuação e manutenção da depressão psicótica. A depressão psicótica apresenta frequentes recaídas, podendo estar presentes delírios somáticos, paranoides e persecutórios.. A DCL é considerada a segunda causa principal de demência degenerativa. A paciente respondeu bem às medicações, principalmente no que se refere às queixas psicóticas, porém mantém choro fácil. Desta forma, sugere-se um diagnóstico diferencial sobre a probabilidade de a paciente apresentar depressão bipolar visto que o medicamento antidepressivo de primeira linha de escolha o escitalopram foi utilizado e a paciente ainda apresenta choros. É sugerido que pacientes idosos com queixas de depressão sejam acompanhados por uma equipe multiprofissional, incluindo o geriatra, psiquiatra e psicólogo.