Os pacientes geriátricos geralmente fazem uso constante de medicamentos, devido ao acometimento maior por doenças crônicas. A utilização de medicamentos pelos idosos deve ser constantemente monitorada, pois fatores de risco como o comprometimento das funções fisiológicas, número de fármacos empregados e a proporção dos medicamentos contraindicados acarretam no surgimento de efeitos adversos e interações medicamentosas. Sendo assim, a interação medicamentosa corresponde a um evento clínico onde os efeitos gerados por um fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, alimento, bebida ou algum agente químico. Com o aumento da população idosa no Brasil, percebe-se uma ampliação das instituições de longa permanência, assim se faz necessário avaliar a farmacoterapia dessa população. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo avaliar a presença de possíveis interações medicamentosas na farmacoterapia dos idosos residentes em uma instituição de longa permanência no município de Cuité/PB. Os dados foram coletados em janeiro de 2017. Foram analisadas as interações em 16 prontuários, que correspondiam aos idosos que utilizavam dois ou mais medicamentos, assim 47,8% dos residentes apresentaram alguma potencial interação, com média de 3,45 interações/idoso. A maioria das interações medicamentosas apresentou gravidade importante, 55%. Quanto ao mecanismo de ação, 45% eram interações farmacodinâmicas. Constatou-se que 47,5% das interações apresentavam documentação boa, e 45% possuíam início de reação não especificado. Com o estudo percebeu-se a necessidade de um farmacêutico para avaliar a farmacoterapia dos residentes, identificarem os problemas relacionados aos medicamentos e estabelecer medidas que minimizem a sua ocorrência, contribuindo para o sucesso terapêutico e bem-estar desses idosos.