As rodas de terapia comunitária integrativa funcionam como uma metodologia que abre espaço de partilha do sofrimento e experiências vividas, sendo considerada uma prática de efeito terapêutico, destinada à promoção da saúde mental, pois promove a construção de vínculos solidários, criando uma rede de apoio social. Nela, todos possuem a responsabilidade de buscar estratégia e soluções para os problemas enfrentados no cotidiano. A TCI realizada junto aos idosos se caracteriza como uma estratégia importante de humanização em saúde, pois cria um lugar de escuta e acolhimento priorizando a promoção da saúde e a prevenção do adoecimento, pois essa parcela da população necessita de atenção e de atividades que lhe reintegrem socialmente e que produza subsídios para o desenvolvimento de suas potencialidades, aumentando assim sua autoestima há vista sua grande vulnerabilidade para o adoecimento tanto físico como mental, devido às situações as quais são expostos todos os dias e perante a finitude da vida. Diante disso, este trabalho apresenta um projeto de pesquisa voltado para idosos de uma comunidade carente da cidade de Natal/RN, onde são realizadas rodas de TCI quinzenalmente, propondo assim, um instrumento de aquecimento e fortalecimento das relações humanas entre os idosos e uma construção de rede de apoio social. Através deste projeto é possível mostrar a contribuição para a resiliência e fortalecimento de vínculos solidários entre os idosos ao mesmo tempo que oferece um espaço de cuidado, acolhimento e partilha de sofrimentos e superações, privilegiando o conhecimento e as competências construídas nas experiências vivenciadas de cada um, facilitando os processos de humanização e promoção da saúde e contribuindo para o campo da pesquisa e da prática interdisciplinar em saúde. Assim sendo, esse projeto de pesquisa tem como objetivo geral identificar como as Rodas de TCI contribuem para a resiliência e fortalecimento de vínculos solidários entre os idosos e objetivos específicos de oferecer aos idosos um espaço de cuidado, acolhimento e partilha de sofrimentos e superações, privilegiando o conhecimento e as competências construídas nas experiências vivenciadas de cada um; promover a humanização do cuidado entre profissionais, estudantes da área da saúde e idosos da comunidade; estimular os idosos participantes da Terapia comunitária a construção de vínculos, o resgate da auto-estima e a capacidade de enfrentamento dos sofrimentos vividos, facilitando os processos de humanização, emponderamento e autocuidado e diminuir a sobrecarga emocional advinda de problemas cotidianos do envelhecimento, principalmente para aqueles que moram distante da família e/ou tem dificuldade de apoio familiar e social.