A saúde bucal do idoso é essencial para que este tenha qualidade de vida do ponto de vista funcional, social e psicológico. Na terceira idade podem ocorrer modificações no sistema estomatognático que precisam ser compreendidas pelo odontogeriatra, pois podem causar patologias como a disfunção temporomandibular (DTM). Esta é definida como um conjunto de alterações que comprometem a articulação temporomandibular (ATM), os músculos da mastigação e estruturas associadas. É a forma mais comum de dor orofacial crônica sendo caracterizada pela presença de dor muscular e/ou na ATM, ruído, desvio, restrição de movimentos mandibulares, e limitação da abertura de boca. No processo de envelhecimento pode ocorrer uma sobrecarga da ATM provocada pela ausência de dentes, oclusão deficiente, traumas e hábitos parafuncionais, desencadeando a DTM. Dessa maneira, é fundamental conhecer as características clínicas deste distúrbio em idosos a fim de definir a estratégia terapêutica para esses pacientes. Foram avaliados dez idosos na clínica de dor orofacial/ odontologia da UFPE, inicialmente os pacientes responderam ao TMD PAIN SCREENER, posteriormente foram diagnosticados conforme os critérios de diagnóstico do DC/TMD, proposto por Schiffman et al., (2014). Foi constatado que dois idosos apresentaram deslocamento de disco sem redução e sem limitação de abertura bucal, um teve deslocamento de disco sem redução, mas com limitação de abertura bucal e sete dor miofacial. São necessárias análises adicionais para conhecer melhor o perfil clínico destes pacientes, estratificá-los para que estes possam receber uma terapêutica mais específica, promovendo uma melhor qualidade de vida.