A educação e a intergeracionalidade podem atenuar prejuízos incontornáveis da velhice e oferecer oportunidades à população idosa na sociedade brasileira contemporânea, ao mesmo tempo em que sensibilizam e conscientizam os jovens sobre esta realidade de um modo não tradicional. A valorização dos idosos e o conhecimento proporcionado a ambos, jovens e idosos, são alguns dos aspectos positivos desta relação. Os idosos podem repassar a memória cultural e como vivenciar o envelhecer; os jovens, por sua vez, podem transmitir valores de comportamento e até ensinar novas tecnologias aos idosos. São muitas as possibilidades existentes e neste artigo apresentaremos algumas delas, resultado de uma pesquisa bibliográfica realizada em uma base de dados e de um projeto realizado entre uma escola pública e uma instituição de longa permanência para idosos filantrópica em Campinas/SP. Na pesquisa bibliográfica, percebemos que a aproximação entre diferentes gerações gera aprendizagens recíprocas, convivência positiva, respeito e diminuição de preconceitos, mas que ainda são muito poucas ou inexistentes as atividades intergeracionais nas escolas de educação formal. No projeto, percebemos que as propostas intergeracionais no contexto educacional apresentam novas imagens sobre o envelhecimento, ressaltando os aspectos positivos e desconstruindo os estereótipos existentes, mas que devem ser feitas com cautela, para não rejeitar a própria ideia de velhice, negando o declínio físico, mental e outras adversidades desta fase da vida. Enfim, o que se preza é a construção de uma sociedade mais justa e humanizada, com foco nas relações entre os seres humanos, e acredita-se que a educação pode contribuir para isto.