Introdução: O aumento na expectativa de vida, observado de forma mundial nos últimos anos, deve-se entre outros fatores, a redução da mortalidade infantil, as altas taxas de fecundidade nas décadas de 1940 e 1960 e as melhorias nas ações direcionadas à saúde do idoso. Além de hábitos saudáveis, prática de atividades que favoreçam o bem-estar físico, emocional das pessoas idosas. A vivência da religiosidade assume um papel importante no enfrentamento das situações adversas pelo o idoso. Objetivo: Discutir a vivência da religiosidade como fator de proteção social à saúde do idoso. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada em bases de dados eletrônicas (Scielo, Lilacs e Medline). A seleção dos artigos teve como critérios de inclusão: artigos completos em português e espanhol relacionados à temática nos últimos 10 anos. A pesquisa nas bases de dados foi feitas a partir dos seguintes unitermos: envelhecimento, crenças religiosas e qualidade de vida. Resultados: Dos 21 artigos completos encontrados, foram utilizados 15 artigos neste estudo. A análise do material elucida a vivência da religiosidade pelos idosos como: estratégia de enfrentamento de sintomas depressivo; apoio nos casos de estados terminais; alívio do estresse em condições envolvendo as doenças crônico-degenerativas e doenças neuropsiquiátricas; estímulo ao autocuidado com a saúde; melhor adesão ao tratamento de saúde; períodos de internamento com menos níveis de ansiedade; comportamento mais tolerante em relação à dor; melhora no humor e também foi demonstrado em alguns estudos um melhor controle dos níveis da pressão arterial em idosos hipertensos. Entretanto, os estudos mencionam que os profissionais de saúde, na grande maioria não procuram incentivar ou não estão atentos à prática da religiosidade durante o período de internação ou vivência das situações estressoras pelo o idoso. Conclusão: O processo de envelhecimento traz algumas perdas inevitáveis referentes à condição biológica, física, emocional, sócio culturais e financeira. No entanto, os idosos necessitam de apoio para adaptar-se aos novos desafios e viver com qualidade de vida este período. O enfrentamento mais equilibrado de situações desfavoráveis pode ter nas crenças e na religiosidade um apoio relevante, representando um fator de proteção social à saúde do idoso. Cabe aos profissionais de saúde apoiar e incentivar os idosos nesta prática.