INTRODUÇÃOO envelhecer é um processo normal que acomete todas as pessoas. Um dos problemas mais relevantes na população idosa é a deficiência nutricional. Várias alterações fisiológicas e o uso de múltiplos medicamentos interferem no apetite, no consumo de alimentos e na absorção dos nutrientes, podendo aumentar o risco de desnutrição nos idosos, especialmente entre os institucionalizados. O distúrbio nutricional mais importante observado nos idosos é a Desnutrição Protéico-Calórica (DPC), que está associada ao aumento da mortalidade e da susceptibilidade às infecções e à redução da qualidade de vida. Sendo assim, o presente estudo objetivou avaliar a prevalência de desnutrição e o risco para desnutrição e seus fatores associados em idosos institucionalizados.METODOLOGIAO referido estudo se caracterizou por ser do tipo individuado, observacional e transversal. A obtenção da amostra se deu através do cadastro de indivíduos das instituições de longa permanência de idosos da cidade do Natal-RN. A população pesquisada foi de idosos com idades a partir de 60 anos, de acordo com a classificação preconizada pela Organização Mundial de Saúde. Para avaliar o risco de desnutrição os idosos foram avaliados através do questionário do MAN, que contém parâmetros antropométricos como: peso, estatura, Índice de Massa Corpórea - IMC, circunferência do braço e especificamente a circunferência da panturrilha, além da avaliação global (seis perguntas relacionadas com modo de vida, medicação e mobilidade); questionário dietético (oito perguntas relativas ao número de refeições, ingestão de alimento e líquidos e autonomia na alimentação); e avaliação subjetiva (a autopercepção da saúde e da nutrição). A apuração dos dados foi tipo manual. Os dados são apresentados inicialmente na forma de médias e desvios padrão. Em seguida, os dados foram submetidos a análise bivariada através do teste do qui-quadrado e verificada a magnitude do efeito através da razão de prevalência.RESULTADOS E DISCUSSÃOForam estudadas 4 ILPI, totalizando 90 idosos. Destes, 50 (55,5%) foram elegíveis para o estudo em questão. 7 (7,7%) foram considerados como perda ou se recusaram e 33 (36,7%) idosos teriam que ser submetidos à avaliação do peso através da cama balança, cuja aquisição está em processo.Com base nos instrumentos de avaliação nutricional para diagnosticar o risco de desnutrição obtivemos 58% de risco de desnutrição, 8% de desnutrição e 34% não apresentaram risco de desnutrição no momento da avaliação através da MNA.Um estudo foi constatado que metade (50,4%) dos indivíduos com idade superior a 60 anos foi classificada com risco de desnutrição ou desnutrido, em outro estudo viu-se que a desnutrição foi mais freqüente em idosos com idade superior a 75 anos. Da mesma forma, outros autores (10) citam que idosos com idade mais avançada apresentam maior chance de baixo peso, pois o envelhecimento promove mudanças importantes na massa muscular e no padrão de distribuição de gordura corporal. CONCLUSÃOIdosos institucionalizados apresentam um risco de desnutrição bastante elevado. Tal risco poderá acentuar a disfunção e levar o idoso ao quadro desnutrição caso não sejam tomadas medidas de diagnóstico, intervenção e controle. Devemos nos atentar a informações relacionadas aos hábitos alimentares, sociais, e psicológicos de cada idoso.