Artigo Anais III CIEH

ANAIS de Evento

ISSN: 2318-0854

SER E SENTIR : REABILITAÇÃO SENSORIAL PARA PORTADORES DE AVE USUÁRIOS DO SERVIÇO PÚBLICO DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

Palavra-chaves: HEMIPARESIA, REABILITAÇÃO, SENSORIAL Relato de Experiência(RE) Atenção integral à saúde: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação do idoso
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Publicado em 15 de junho de 2013

Resumo

INTRODUÇÃO: Com o aumento da expectativa de vida, há um crescente índice de portadores de doenças crônicas, dentre elas o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a principal causa de incapacidades neurológicas e mortalidade no Brasil. Sua prevalência mundial é de 0,5-0,7%, sendo o dobro após os 55 anos em cada década. As manifestações clínicas envolvem alterações sensório-motoras, limitações no desempenho funcional, déficits nas funções cognitiva, perceptiva, emocional e de contingência. O comprometimento do controle motor pode caracterizar-se por fraqueza, alterações de tônus e movimentos estereotipados que limitam as atividades diárias podendo gerar incapacidades físicas, na qual a mais comum é a hemiplegia/hemiparesia cujos sintomas são resultantes de uma lesão em um hemisfério cerebral afetando um lado contralateral do corpo. Problemas sensitivos são de difícil superação por isso há uma necessidade de maior atenção. A Estimulação Sensorial, utilizando Método Rood e a Imagética Motora são capazes de promover benefícios no quadro destes pacientes. OBJETIVO: Promover a reabilitação sensorial em pacientes portadores de AVE hemiparéticos atendidos pela Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual da Paraíba–UEPB. METODOLOGIA: A amostra do projeto compõe-se de 6 sujeitos que sofreram AVE, hemiparéticos e com faixa etária entre 58 a 75 anos. O projeto é desenvolvido na UEPB, no laboratório multifuncional do departamento de fisioterapia. Sendo realizada pelos alunos uma avaliação sensorial do paciente, através da aplicação de uma ficha sócio-demográfico. Feito isso, é elaborado um plano de intervenção com a utilização do Método Rood através da aplicação de diferentes texturas, pincelamento, pancadas lentas e vibração nos membros inferiores e superiores acometidos pela hemiparesia, de modo a promover a estimulação de áreas especificas da pele e consequente facilitação muscular e também a Imagética Motora através da simulação mental e realização dos exercícios frente ao espelho de forma a estimular a representação visual do membro e movimento. DISCUSSÃO: A intervenção focada nas necessidades individuais, torna-se capaz de reabilitar as capacidades sensoriais, contribuindo dessa maneira com a recuperação sensório-motora e incentivando o retorno dos paciente às atividades laborais. A estimulação sensorial realizada em grupo, contribui para o controle do negligenciamento do hemicorpo acometido e permite a conscientização corporal e sociabilização dos pacientes que não aceitam sua condição, ou se sentem frustrados. Mesmo se tratando de uma grupo diversificado, um programa de intervenção caracteristicamente intenso, tem a capacidade de promover estímulos que favorecem a superação dos limites e contempla ao mesmo tempo as necessidades individuais. A utilização do Método Rood e a Imagética Motora se fazem necessárias para melhora desses pacientes. De acordo com as considerações levantadas, observamos ganhos consideráveis frente à socialização, bem como uma diminuição dos déficits sensório-motores apresentados pelos pacientes, a partir das condutas adotadas. CONCLUSÃO: A reabilitação sensorial é de extrema importância ao paciente hemiparético, pois promove a melhora da motricidade do dimídio afetado A interação em grupo também mostra eficiência no que diz respeito ao processo de aceitação da condição neurológica por parte do paciente, refletindo desta maneira melhora na sua vida cotidiana e aceitação ao tratamento fisioterapêutico.

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