QUALIDADE DE VIDA NA TERCEIRA IDADE- NUANCES A PARTIR DA RELIGIOSIDADE: UMA REVISÃO DA LITERATURA
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Para que o processo de envelhecimento possa vir acompanhado de qualidade de vida, é necessário proporcionar a estes sujeitos oportunidades de participação em diversas atividades, respeitando suas capacidades e inclinações. Dentre os determinantes sociais que são responsáveis por esta qualidade de vida, destacamos o envolvimento religioso, levando em consideração o bem-estar subjetivo que este pode proporcionar a estes sujeitos.Assim, sendo a religiosidade se configura como um sistema feito por crenças, doutrina, adoração, símbolos e práticas motivados pelo contexto religioso refletindo nos hábitos do cotidiano dessas pessoas. Objetivo:Apresentar o estado da arte acerca dos estudos brasileiros sobre a relação entre religiosidade e qualidade de vida na terceira idade. Método: Realizou-se uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados sobre o tema proposto, a saber: LILACS, BVS, SciELO,onde empregou-se como descritores os termos “terceira idade AND religiosidade” e “envelhecimento AND religiosidade " e “ religiosidade AND qualidade de vida”. Para tanto foram utilizados os seguintes critérios de refinamento: estudos publicados entre 2009 e 2013, apenas em português, exclusão de textos coincidentes, e seleção dos textos que relacionasse a religiosidade com o processo de envelhecimento e qualidade de vida.Resultados:Por meio dos estudos selecionados e analisados foi possível perceber-se, que tanto a crença como também a participação nas atividades religiosas contribui para a manutenção e a promoção do bem-estar subjetivo dos idosos, seja atravésda rede de apoio social, ou pelas regras de conduta espiritual e moral estabelecida ou até mesmo por meio do conforto espiritual, que ela propicia. Entretanto, a participação dos indivíduos da terceira idade em atividades formais realizadas no cenário da instituição religiosa geralmente diminui com o passar dos anos devido as suas limitações físicas e de saúde. Porém, esta limitação é compensada por meio de uma maior participação em atividades não formais como os momentos de oração, a leitura de textos sagrados, o assistir ou ouvir programas religiosos entre outros. A religiosidade tambémvem se relacionando com o bem-estar psicológico, proporcionando auto aceitação, o crescimento pessoal e as relações desses idosos com demais indivíduos, sendo assim denominada de religiosidade subjetiva. Os idosos utilizam da religiosidade subjetiva como forma de interpretar os acontecimentos em sua vida, tanto positivos como negativos, buscando a partir dessa, amenizar os efeitos negativos, possibilitando benefícios espirituais e psicológicos e assim uma melhor qualidade de vida.Conclusão: A religiosidade na terceira idade atravessa a percepção de mundo que os idosos possuem,possibilitando que estes encarem esta nova fase de uma forma diferente, atribuindo-a uma conotação positiva. A religiosidade acaba permitindo que o idoso possa vivenciar o processo de envelhecimento de uma maneira mais ativa/participativa, contribuindo para a superação das adversidades e fragilidades inerentes a essa fase do desenvolvimento humano, correlacionando-se a uma melhor qualidade de vida." 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