O presente artigo tem como objetivo apresentar reflexões sobre a categoria de gênero na experiência infantil num Centro Municipal de Educação Infantil na cidade de Salvador-BA. A pesquisa vem sendo desenvolvida desde 2015 pela pesquisadora que é professora da educação infantil. A metodologia é de cunho qualitativo com caráter etnográfico postulado por André (1995) tendo como procedimentos metodológicos: observação participante e diário de campo. A pesquisa é aportada numa inspiração fenomenológica baseada nos estudos de Merleau-Ponty (2011) e Machado (2010). A discussão sobre aprendizagem é evidenciada nas reflexões de Diaz (2011), nas problematizações sobre infâncias/crianças e cultura de Pires (2010), Sarmento (2004), Mead (1962) e Levi-Strauss (1982). Faz-se um intercruzamento com os estudos de gênero a partir de Saffioti (1992), Scott (1995), Messeder (2012), Miranda (2014) dentre outras/os. A pesquisa em andamento tem constatado que as crianças da primeira infância só enquadram-se em padrões indicados socialmente para homens e mulheres quando são requisitadas por adultos ou por outras crianças. Na literatura oficial, recomendada pelo Ministério da Educação (MEC), intitulada Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), no seu volume 2, pode-se verificar em sua leitura a naturalização dos comportamentos de meninas e meninos de 05 e 06 anos de idade, mas a partir da ótica da pesquisadora apresenta-se compreensão do convívio diário com as crianças, assim é a partir da percepção delas mesmas que o estudo em questão está sendo construído/desenvolvido e como também será apresentado no artigo completo.