A sexualidade é uma dimensão humana complexa, que engloba os componentes biológico, psicológico e social e está intimamente relacionada com a história de vida de cada pessoa e sua cultura. O objetivo deste estudo foi compreender como estudantes do Ensino Médio, de uma escola pública de Rio Branco, Acre, subjetivam questões relacionadas à sexualidade, ao participarem de práticas educativas dialógico-problematizadoras em sala de aula, com base em uma abordagem emancipatória de educação sexual. Encontros semanais foram realizados com os sujeitos participantes da pesquisa, para discutir assuntos relacionados à sexualidade, utilizando slides, vídeos, jogos e dinâmicas de grupo como recursos didáticos. A produção de dados ocorreu por meio de conversações em grupo e individuais, preenchimento de complemento de frases e registros individuais pelos próprios sujeitos. Analisamos as informações com base nos princípios da Epistemologia Qualitativa, construindo indicadores de sentidos subjetivos e hipóteses visando produzir um modelo teórico sobre os sentidos subjetivos relativos às questões da sexualidade abordadas, pelos sujeitos que aprendem. O presente estudo apresenta o caso de um dos participantes da pesquisa. Antes das atividades, as expressões do participante indicam que o mesmo subjetivou do contexto familiar e das conversas com os amigos, normas e valores sobre como homens e mulheres devem expressar a sexualidade (ato sexual). Após as atividades, passou a conceber a sexualidade como algo complexo, único em cada ser. O sexo deixou de ser sinônimo exclusivo de sexualidade, entre outros.