Introdução: O envelhecimento populacional é um fenômeno vigente em nossa sociedade, que está associado com o aumento da expectativa de vida e a redução da mortalidade infantil, que progressivamente atingiu as demais idades. Na terceira idade, a manutenção de autonomia está intimamente ligada à qualidade de vida. O objetivo do presente estudo é avaliar o desempenho motor da mão dominante (MD) e da mão não dominante (MND) de idosos participantes da Universidade Aberta a Maturidade (UAMA), localizada no campus I da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Metodologia: A pesquisa foi realizada na UAMA, localizada no Campus I da UEPB. Trata-se de um estudo transversal, exploratório e quantitativo. Participaram 86 idosos do gênero com idade igual ou superior a 60 anos. Foram considerados critérios de inclusão idosos com idade igual ou superior a 60 anos matriculados na UAMA, com estabilidade clínica e sem alterações cognitivas, avaliado pelo Mini-Exame do Estado Mental (MEEM). Foram considerados critérios de exclusão sujeitos com restrições de movimento nos membros superiores; que faziam uso de medicamentos capazes de reduzir as habilidades motoras ou prática motora pouco antes das avaliações; apresentavam deficiência visual não corrigida e ser classificado como ambidestro no Inventário de Dominância Lateral (IDLE) de Edimburgo. A destreza manual do membro superior foi avaliada através do , Purdue Pegboard Test (PPT) e, conseguinte, com a Caixa de Teste e Blocos (CTB). Os dados foram analisados no IBM SPSS 20.0. Usou-se o teste paramétrico t de Student para amostras independentes, sendo adotado &#945;<0,05. O estudo foi aprovado pelo comitê de Ética e Pesquisa da UEPB sob nº0501.0.133.000-10. Resultados e Discussão: A idade média entre os sujeitos foram de 68,5±6,35 anos, 91,9% eram do gênero feminino, corroborando com outros estudos. Na avaliação de dominância lateral, observou-se que 90,7% dos indivíduos eram destros, esse percentual é demasiadamente comum nessa idade e em maior parte das atividades de vida diária. A cognição mostrou-se preservada, notando-se a média no MEEM de 27,9±1,62, isso indica a importância de intelectuais para manutenção da cognição do idoso. Na média de pinos obtida no PPT para a MD foi 13,14±2,22, e para a MND 11,8±1,75. A pontuação média obtida na CTB, em blocos para MD foi de 39,78±6,68 e MND de 37,48±7,21, este reflete uma pontuação positiva para esses sujeitos, considerando a degeneração e a perda dos elementos estruturais do sistema nervoso como fatores suficientes para reduzir o fluxo de informações e a velocidade. Comparando o desempenho dos testes avaliados, a lateralidade não influenciou na habilidade manual obteve para PPT p<0,001 e CTB p=0,031. Com o passar da idade o declínio motor acontece mesmo em indivíduos saudáveis, a redução das informações proprioceptivas acarretará em transtornos no controle do ato motor, afetando assim, os padrões normais de movimentos. Conclusão: A habilidade manual essencial na realização de atividades cotidianas, no que tange a promoção da independência dos indivíduos e favorece a qualidade de vida. Pôde-se constatar que não existe diferença significativa entre a habilidade manual quando comparadas ambas as mãos.