O presente artigo traz a reflexão da interseccionalidade de gênero, raça e classe em um recorte do feminismo negro no pós- colonialismo, uma perspectiva na crítica de teóricos como Spivak, Bahi, Kimberle Cresnshaw e Lélia González, escrevem sobre as questões intersecionais de gênero, raça e classe, e as quais elenco como provedora de um silenciamento histórico das mulheres negras. Em uma análise do filme Moolaadé de Ousmane Sembène cineasta Senegalês que apresenta as violências sofridas pelas mulheres africanas em um povoado na Nigéria a partir da apresentação da tradição religiosa a mutilação genital como forma de violação dos direitos da mulher no que tange os direitos de decidir sobre seu corpo e fala. Apresento as escritoras feministas negras que abordam em suas produções literárias tais violências de gênero como as de Conceição Evaristo em Insubmissas lágrimas de mulheres, Cidinha da Silva, Suely Carneiro, Cristiane Sobral, elencando um elo entre as violências e opressões da realidade demonstradas em seus textos ficcionais baseados no cotidiano que ocasionam o silenciamento que insiste em imprimir historicamente as mazelas do colonialismo e colocar a mulher negra em posição de subalternidade e invisibilidade.