Pesquisa realizada com homens e mulheres que atuam como Agentes Educadores de Creche (AACs) nas instituições de Educação Infantil mantidas pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, nos anos de 2012 e 2013, ofereceu o pano de fundo para que o estudo sobre as masculinidades fosse desenvolvido. Com a aporte da historiografia, tendo como referência as experiências desenvolvidas no Ocidente, o presente trabalho destaca as contribuições de Sócrates Nolasco, Pedro Paulo Oliveira e George Mosse para problematizar alguns pilares da masculinidade, conformadores do sistema heteronormativo, que se consolidam a partir do século XVIII, baseadas, entre outros aspectos, na complementaridade do papel estipulado às mulheres e aos homens e na afirmação da virilidade masculina. É importante observar o quanto, ainda nos dias que correm, esse “modelo” repercute no cotidiano das instituições educacionais.